quarta-feira, 17 de junho de 2015

MARIPOSA

O sol foi embora,o cristal não
se mexe,e os prismas não aparecem.O quarto fica triste e escuro.Até o ar que respiro,parece que fica mais pesado.Acostumei de tal maneira com os reflexos coloridos das cápsulas de luz,dançando pra lá e pra cá,que a ausência de movimento e cor vibrando pelas paredes,me deixam letárgica,densa,e energéticamente vazia.
O ar que respiro precisa ser colorido e leve. Meus olhos gostam ver os pequenos pedaços de arco íris,balançando desorientados pelo ambiente,e se escondendo atras dos móveis,das cortinas e embaixo da cama.
Meu corpo todo absorve essa energia pulsante e dançante que se esparrama pelas paredes e pelo chão do quarto.
Fora desse ambiente,eu pareço uma mariposa : perdida,abobalhada,e cega ; se debatendo inultimente em busca da luz distante,e sem saber para onde ir.


                                                                                      *PenhaBoselli*
                                                                                                          MAAT / 2013