sábado, 13 de junho de 2015

ERMITÃ

Meu quarto é minha caverna e daqui não saio,daqui ninguém me tira.Mil vezes uma solidão assumida,do que voltar para o convívio social,recheado de fofoquinhas,sorrisinhos forçados,pequenas traições,e outras cositas mais da vida mundana.
Sou fraca,transparente e vulnerável.Sou de uma sinceridade e de uma pureza tão profunda,que até uma criança limbo pode me chatear ( ou machucar ).
Não quero me arriscar,porque não sei conviver com manipulações,egos exacerbados e piadinhas sarcásticas.
Talvez seja um erro esse afastamento social,mas talvez não.
Dizem os mestres,que escutamos com mais intensidade as coisas reveladas entre o céu e a terra,quando estamos sózinhos,do que acompanhados.No silencio e isolamento, os sinais são mais perceptíveis,mais audíveis e mais sentidos na pele.
Viver na bolha não é ruim.Mas ainda fico chocada,com o comportamento de algumas pessoas do lado de fora.Permaneço observando esse burburinho estressante a distância,e com plena consciencia de que,o único recurso de ajuda que disponho,é a oração.
                                           
                           PenhaBoselli*
                                                                                                                  MAAT / 2014